É quado nos sentimos humanos.

É quando nos levantamos e erguemos a cabeça…
É quando, ao divagar pelas ruas vazias, olhamos as estrelas…
É quando, ao ouvir aquela música, nos arrepiamos…
É quando sorrimos…
É quando, com os erros, aprendemos…
É quando, ao acordar de manhã, sabemos que não somos o que éramos ontem…
É quando, escrevendo uma estranha poesia, sentimos…
É quando, ao perceber que nada está contra nós, nos damos conta que se calhar estavamos contra tudo…
É quando, ao fracassar, crescemos…
É quando, ao vencer, nos sentimos mais…
É quando, sabendo que precisamos de mais, muito mais, avançamos…

É quando… nos sentimos humanos.

Coincidências

Estava eu no passado domingo, no aeroporto internacional do Funchal, a comentar o meu anormal desejo de ouvir através dos altifalantes: "Passageira Daniela Ferreira faça favor de se dirigir à porta de embarque".

Até aqui tudo bem, não é surpresa para ninguem que por vezes tenho umas observações que roçam no que já alguém chamou 'demência'*.

Pois bem, heis que, convenientemente, se ouve através dos altifalantes espalhados um pouco por todo o aeroporto:

"Atenção, passageiros Daniela Ferreira e S*** C*****, por favor dirijam-se imediatamente à porta de embarque."

Dito isto, beijinhos, beijinhos... Pimba. A minha bolsa fica retida ("revistem lá isso que eu tenho de ir comprar tabaco")


"Atenção, passageiros Daniela Ferreira e S*** C*****, por favor dirijam-se imediatamente à porta de embarque."

Chego novamente à revista onde constatei que a minha bolsa apitava porque, por sinal, o meu bloco de notas foi confundido com um líquido.

Finalmente, e enquanto ouvia pela terceira vez
"Atenção, passageiros Daniela Ferreira e S*** C*****, por favor dirijam-se imediatamente à porta de embarque." cheguei à porta de embarque.

Devo dizer que fiquei orgulhosa por ouvir o meu nome pronunciado com tamanha importância não uma, não duas, mas três vezes.


*Relativamente à demência. Propuseram-me a escrita de: "Crónicas de uma demente."